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sexta-feira, 20 de julho de 2012

Vigilantes de carro forte ameaça cruzar os braços em Minas Gerais,

Trabalhadores em empresas de transporte de valores em Minas denunciam precárias condições de trabalho e ameaçam entrar em estado de greve ainda nessa semana.
De acordo com o presidente do sindicato da categoria, Emanoel da Silva Sady, a jornada de trabalho desses profissionais tem sido de até 16 horas, sem intervalo para lanche ou pagamento de horas extras.
Estamos em campanha salarial e avaliando uma possível paralisação. O uso de apenas dois vigilantes para abastecer os caixas eletrônicos coloca em risco a segurança dos trabalhadores, disse.
Segundo ele, não há vagas de estacionamento para os carros fortes em frente as agências bancárias.
Muitas vezes, os vigilantes têm que contar o dinheiro que vai abastecer os caixas no chão, correndo risco de assaltos, acrescentou Sady.
No último dia 11 de julho, representantes da categoria estiveram reunidos com deputados da Comissão do Trabalho, da Previdência e da Ação Social da Assembleia Legislativa de Minas.
Na ocasião, trabalhadores do setor relataram situações de risco e problemas de saúde que têm abalado a categoria.
De acordo com Emanoel Sady, o carro forte é desconfortável, não possui ergonomia e tem pouca ventilação.
Os vigilantes têm que entrar de costas, carregando malotes de até 50 quilos, o que causa problemas na coluna, disse.
O setor emprega atualmente, em Minas, 5 mil trabalhadores, entre motoristas, vigilantes, funcionários da tesouraria e do setor administrativo.
O piso salarial dos vigilantes e motoristas é de R$ 1.549,27.
De acordo com Emanoel Sady, funcionários da tesouraria também estariam trabalhando em situação precária.
Alguns sofrem descontos nos salários quando há problemas na contabilidade do dinheiro e chegam a receber apenas R$ 340 por mês.
Eles ficam confinados em locais com portas blindadas e precisam pedir permissão para ir ao banheiro.
Muitos trabalham até de madrugada sem lanche e sem transporte para voltar para casa, denunciou o sindicalista.

Monopólio

O Sindicato dos Empregados em Empresas de Transporte de Valores de Minas Gerais informa que, no Brasil, três empresas detêm 90% do transporte de valores: as internacionais Prosegur e Brinks e a nacional Proforte.

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