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terça-feira, 12 de junho de 2012

Empresas de Segurança Privada estão no ranking entre as 20 que têm mais dívidas trabalhistas

Começou nesta segunda, 11/06, a 2ª Semana Nacional de Execução Trabalhista pela Justiça do Trabalho que tenta resolver as dívidas não pagas.
Durante o processo, haverá tentativas de conciliações,leilões de bens penhorados e bloqueio de dinheiro em conta, pelo Banco Central.
Estima-se que mais de um milhão de empregadores têm dívidas trabalhistas com seus empregados ou ex-empregados.
No Banco Nacional de Devedores Trabalhistas,entre os 20 primeiros colocados figuram empresas de Segurança Privada, lembrando que só entram nessa lista “as pessoas físicas e jurídicas com dívida já reconhecida por decisão judicial definitiva,contra a qual não cabem mais recursos”, divulgou o jornal Folha de São Paulo.
“Embora não figurem entre os 20 maiores devedores,cuja lista foi divulgada ontem pelo jornal Folha de São Paulo, sabemos que outras dezenas ou centenas de empresas de segurança privada fazem parte da lista completa onde figuram 1 milhão de caloteiros.
Estima-se que somadas todas as dívidas aos trabalhadores, elas podem chegar a R$ 25,5 bilhões que deixaram de ser repassados.
Um montante que poderia impulsionar a economia se estivesse com seus verdadeiros donos, os trabalhadores”,afirma José Boaventura Presidente da CNTV– Confederação Nacional dos Vigilantes.
Quebradeira e calote – Empresas que terceirizam serviços ocupam lugar de destaque entre as caloteiras,não só na área de segurança, mas também de asseio e conservação, informática e outras, com o agravante que recebem dos contratantes os valores a serem repassados aos trabalhadores, mas embolsam e desaparecem.
“Calote é a rotina e temos travado uma luta implacável para reaver os direitos dos vigilantes com mobilizações, denúncias e duras batalhas judiciais através dos nossos Sindicatos,buscando responsabilizar os tomadores de serviços, não só subsidiariamente, mas também solidariamente, pois contrata mal, paga mais caro”,afirma Jervalino Rodrigues, Presidente do Sindicato dos Vigilantes do Distrito Federal.
Mudanças na legislação obrigando o tomador de serviços a assumir solidariamente ou diretamente as dívidas das suas contratadas, recolhimento direto do FGTS dos trabalhadores, retenção e pagamento direto de salários, férias, décimo terceiro e rescisão também integram a pauta da Confederação e dos Sindicatos de Vigilantes como medidas indispensáveis para combater a cultura do calote.
Se antes as empresas de vigilância apareciam no topo das devedoras da Previdência Social, com a retenção prevista em lei desde o inicio da década passada da verba previdenciária, restou o direito dos trabalhadores na mão das empresas e a corrida destes contra o calote.

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