Sindforte-RN apoia a greve dos bancários e trabalhadores
dos correios ajudando a construir a luta da classe trabalhadora
No final da tarde da ultima quinta-feira
(20/9) a categoria bancária e os trabalhadores dos Correios que estão em greve
realizaram protestos em frente ao Banco do Brasil, no centro de Natal. O ato
público organizado pelo Sindicato dos Bancários e dos Correios, juntamente com
a CSP-Conlutas, Cut e CTB, foi mais uma atividade da greve e da jornada de
lutas da classe trabalhadora.
Para a coordenadora-geral do Sindicato dos
Bancários, Marta Turra, “Os banqueiros tratam o trabalhador com completo
desrespeito, assediam moralmente, a categoria adoece, são ataques constantes. É
por isso que nós estamos em greve. Não há motivo nenhum para que as nossas
reivindicações não sejam atendidas. A classe trabalhadora dos bancos vem
gerando e produzindo um lucro fantástico e esse lucro não é usufruído nem pela
sociedade nem pelos trabalhadores. Muito pelo contrário, o lucro que a Caixa e
o Banco do Brasil entregam para o governo está destinado tão somente para pagar
juros da dívida. No ano de 2013 o governo federal gastará 42% do seu orçamento
para pagar juros e amortizações a banqueiros nacionais e internacionais. É por
essa razão que não tem dinheiro para a educação, para a saúde, segurança nem
para nos atender.
Marta denunciou ainda que a classe trabalhadora nunca
esteve tão massacrada, tão explorada como nesse momento. “No mundo inteiro os
trabalhadores estão se levantando não é por outra coisa não, é porque o sistema
quer levá-los a escravidão, quer levar os seus direitos, a sua remuneração ao patamar
tão miserável que lhe garanta tão somente comer mal. E os trabalhadores estão
respondendo com luta. No mundo inteiro os trabalhadores estão lutando contra
esse sistema que nos oprime e que mata. E no Brasil não é diferente”. Ela
lembrou que esse ano já foram realizadas várias greves contra tanta exploração
e tanto sofrimento.
O presidente do Sindicato dos Correios no RN, José
Ferreira, agradeceu o convite feito pelo Sindicato dos Bancários para esse ato
unificado. Ele defendeu a necessidade de reforçar cada vez mais a luta para
avançar nas conquistas dos trabalhadores.
O representante da CSP-Conlutas, Juvêncio Hemetério,
que é funcionário do Banco do Brasil, afirmou que a “A Conlutas é parte na
construção dos movimentos sociais e dos trabalhadores, como tem sido na greve
dos bancários em todos os estados. Assim como foi na grande greve nacional dos
servidores públicos federais. Assim como também está construindo a mobilização
e a greve na Federação Nacional dos Petroleiros. É assim que a Conlutas cresce
e se fortalece na construção de uma alternativa de luta, independente do
governo e autônomo em relação a partidos. Por isso que A Conlutas está fazendo
o enfrentamento contra uma proposta que nós entendemos ser ruim para os
trabalhadores, que é o Acordo Coletivo Especial, que infelizmente a Cut,
através do Sindicato dos Metalúrgicos do ABC paulista, está construindo via
seus parlamentares lá no Congresso Nacional. Se isso for aprovado muitos
sindicatos vão renunciar a direitos garantidos pela Legislação e fechar acordos
rebaixados”.
Juvêncio também chamou a atenção para a necessidade de
unificar todas as lutas dos trabalhadores com os estudantes e demais movimentos
sociais. ”Aos trabalhadores cabe a greve, como a forte greve de resistência dos
bancários contra a retirada de direitos, pela isonomia, por que a própria
Constituição diz: para trabalho igual, salário igual. Só na luta e na greve
vamos garantir esse e outros direitos”, finalizou.
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