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sexta-feira, 23 de novembro de 2012

Nota oficial do Sindicato sobre o assalto do BNB

por Sindicato dos Bancários/RN |
Não foi por falta de aviso!

A Agência do BNB de Parnamirim foi alvo de assaltantes na manhã de 20.11.2012. Este fato repulsivo é também motivo de reflexão e pesar.

Como entidade representativa, o SEEB-RN tão logo soube do ocorrido mobilizou uma equipe para acompanhar os bancários e prestadores de serviço nesse momento difícil e prestar-lhes o necessário suporte.

Entretanto, nosso pesar inicia-se pela dificuldade no acesso às dependências da agência, numa ação truculenta e desproporcional de seu gestor principal, Sr HONORIO Valeriano de Oliveira Neto, como se tivesse algo a esconder de quem ali estava na condição de entidade representativa dos funcionários.

As primeiras notícias apontam contradições, como a do relato de que o gerente sofrera ameaça por arma de fogo, quando na verdade ele não estaria no recinto da agência na hora do ocorrido. Ainda segundo os primeiros relatos, a rotina da agência vinha sendo observada pela quadrilha há alguns meses.

Detalhes como: quantas e quem foram as vítimas, com quem estavam distribuídas as chaves do cofre forte, qual a quantia subtraída e demais informações serão objeto de investigações (internas e externas) que apontarão as falhas que levaram os bandidos a terem êxito em seu intento, podendo haver punições para culpados (voluntários ou não).

Conforme levantamento feito pelo SEEB-RN junto aos trabalhadores, a soma hoje levada pelos bandidos é estimada em várias vezes superior ao máximo estabelecido normativamente para pernoite, o que evidencia uma prática abusiva e acintosa por parte do gerente Geral da agência de Parnamirim.
Aliás, não é de hoje que este cidadão assedia os bancários e afronta a atividade sindical, obstacularizando o acesso dos representantes do SEEB-RN ao recinto da agência, como ocorreu em setembro passado, durante o movimento paredista da campanha salarial 2012 – os colegas foram submetidos ao vexame de uma revista de segurança acima do convencional, e mesmo identificados e reconhecidos como colegas, tiveram que deixar seus pertences com os seguranças para serem liberados a entrar na agência.

Na oportunidade, os colegas alertaram para o enorme risco a que a agência estava submetida, em virtude de sua localização e funcionamento, enquanto em toda a grande Natal os demais bancos estavam com suas portas fechadas, o que os tornava em potenciais alvos para ação de quadrilhas especializadas.

A propósito, o mesmo alerta foi feito pelo sindicato em vários contatos com o gerente geral da agência de Macau, Sr HUMBERTO Anselmo de Amorim, que do mesmo modo afrontou a decisão colegiada e insistiu em funcionar plenamente, mesmo que tenha colocado o corpo funcional da agência em risco extremado da violência típica da profissão, agravada pelo contexto de mobilização da categoria.

Nem mesmo a ação do Superintendente, Sr JORGE Antonio BAGDEVE de Oliveira, foi capaz de demover estes senhores de suas posturas arrogantes, aliás, ambos queixaram da ação sindical em seus "territórios".

Aliás, isso demonstra o grau de despreparo de alguns gestores do BNB, em não compreender a ação sindical como uma garantia constitucional, em zelar pela defesa dos seus filiados, prestando suporte e apoio moral e jurídico, demonstrando também sensibilidade ao trabalhar no sentido de evitar exposições desnecessárias dos trabalhadores do Banco.

A prática de assédio moral fica cada dia mais evidente, uma vez que estes senhores não medem esforços nem avaliam conseqüências de seus atos, que por vezes colocam em risco a vida dos outros.
É sabido que em diversas cidades, principalmente as do interior, é comum o transporte de numerários entre agências, feito pelos próprios bancários, em seus veículos, e sem nenhuma segurança, sequer sem a utilização de carro forte.

A propósito, as regras e condições para exercício de certas atividades é regulamentada e normatizada por outros órgãos de governo e segurança, como o Departamento de Polícia Federal, que estabelece um plano anual de segurança bancária.

Não é demais lembrar a responsabilidade direta da administração da agência, a quem devem ser imputadas as conseqüências da inobservância das recomendações de segurança que visam atender a Lei 7.102/83, cujas penalidades vão desde a advertência até a interdição do estabelecimento.
Nossa atuação continuará sendo exercida, pelo que levaremos este assunto ao conhecimento das autoridades competentes, para que sejam apuradas responsabilidades, inclusive as atinentes a extrapolação de jornada e condições de trabalho dos trabalhadores do BNB.

Estaremos ainda atentos quanto a emissão da CAT-Comunicação de Acidente de Trabalho, obrigatória neste caso para os trabalhadores que estiveram na Agência no dia, bem como o acompanhamento psicológico que deverá ser dispensado aos trabalhadores vítimas dos assaltantes. A orientação foi dada aos representantes da Superintendência do BNB.

A vida humana deve ser respeitada e preservada acima de tudo. Mas o Banco parece estar preocupado apenas com os números, esquecendo-se que são os bancários que constroem os resultados.

DIRETORIA COLEGIADA DO SEEB/RN
GESTÃO INDEPÊNCIA E LUTA!

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