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sexta-feira, 17 de fevereiro de 2012

Solidariedade: Trabalhadores de Portugal fazem maior protesto dos últimos 30 anos

 
 Mais de 300 mil pessoas encheram o Terreiro do Paço na maior manifestação já vista em Lisboa
 Nos últimos 30 anos. "O FMI não manda aqui" foi a palavra de ordem ouvida durante o discurso do Lider da Confederação Geral dos Trabalhadores de Portugal (CGTP), Armenio Carlos,
Que defendeu a renegociação da dívida porque o país precisa "que lhe tirem a corda da garganta".
Segundo a CGTP, a manifestação nacional contou com 300 mil pessoas e encheu a baixa de
Lisboa durante a tarde de sábado (11). A central sindical vai reuniro Conselho Nacional na próxima
quinta-feira e decidir aí novas formas de luta, tendo em conta a mobilização desta manifestação.
No seu primeiro discurso após tomar posse como secretário-geral da Intersindical, Arménio Carlos
apontou baterias ao governo da troika. "De austeridade em austeridade,os sacrifícios sucedem-se
sem fim à vista, o país definha economicamente e a pobreza alastra",declarou, acrescentando que "os
pacotes sucessivos de austeridade e sacrifícios não criam riqueza.
O país precisa que lhe tirem a corda da garganta".Para que isso aconteça, Arménio Carlos defendeu a "renegociação da dívida em prazos, montantes e juros mas também a alteração de políticas que tenham como prioridade o crescimento econômico,o emprego e a salvaguarda do interesse nacional". O líder da
CGTP aproveitou para responder a Paulo Portas, que considera que a renegociação é passar uma mensagem de caloteiro para o exterior.
"Caloteiro não é aquele que exige a renegociação da dívida para a renegociação da dívida para
criar riqueza e emprego e criar condições para pagar aquilo que se deve. Caloteiro é aquele que
se submete, que aceita o que lhe éimposto, sabendo de antemão que jamais em tempo algum com estas
condições irá pagar aquilo que deve", declarou o sindicalista.
Para Francisco Louçã, esta manifestação foi "um sinal de dignidade, porque o país já percebeu uma coisa: é que o governo sussurra no ouvido dos ministros alemães que ditam a sorte de Portugal,mas não ouve as razões da maioria do povo português".
 "O governo e a troika dizem-nos o seguinte: mais facilidade de demissões,seguinte: mais facilidade de demissões,dias de trabalho gratuito,perdem o subsídio de natal e de férias e no fim há mais dívida e
talvez um novo empréstimo para mais dívida ainda", acrescentou o dirigente bloquista presente no "Terreiro do Povo".
Sobre a visita da troika prevista para a próxima semana, Arménio Carlos lembrou que o acordo "é
bom para eles", referindo-se aos milhares de milhões que o país é chamado a pagar só em juros
e comissões, ao dinheiro posto à disposição da banca e aos favores feitos ao patronato, aos acionistas
das empresas privatizadas e aos detentores das cadeias de distribuição.
Para o líder da CGTP, "o povo português está a encher o Terreiro do Paço e a dizer ao Governo
e às entidades patronais que aqui não há rendição".
No início do discurso, Arménio Carlos referiu-se às lutas dos trabalhadores gregos, "um povo que
já marcou a história pela sua heroicidade,que não abdica de lutar por aquilo que tem direito"
e aos trabalhadores espanhóis, que "anunciaram uma jornada de luta para contestar as medidas que o Governo
embaratecer os despedimentos".
















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